Cerca de 700 casos de violência contra a mulher estão para serem julgados no Fórum de Araci. E mais de 380 outros, que já foram denunciados, demonstram que o trabalho do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS – em Araci está avançando para diminuir a violência sofrida pelas mulheres, independentemente da idade. Na semana que antecede a comemoração do dia da mulher (dia 08/03), diversas ações voltadas ao trabalho socioeducativo estão acontecendo com o objetivo de diminuir este número, conscientizando as pessoas para que façam as denúncias, e que lutem para que todo tipo de violência acabe. Para a coordenadora do CREAS em Araci, a assistente social Soraia Barreto Vilaronga, o papel da instituição é de acompanhar essas pessoas que precisam da ajuda do Estado, e que nem sempre encontra.
“Fazemos o trabalho socioeducativo durante todo o ano, e não somente no período do mês da mulher, justamente para que esses casos sejam descobertos, acompanhados e solucionados os problemas, sem julgamento”, explica. “Se, por acaso, a denunciante resolve voltar para dar mais uma chance ao agressor, nós acompanhamos também esse casal, porque entendemos que todos podem se redimir, e não estamos aqui para julgar nenhum caso, apenas para acompanhar e proteger a vítima”, completou a coordenadora. Dentro das ações da semana “Mulher viver sem violência”, estão dinâmicas, palestras e oficinas com alertas, explicações e temáticas importantes discutidas em encontros com coordenadores e diretores de escolas, funcionários de instituições de saúde pública municipal, associações de moradores e terá como ponto alto, a inauguração da nova sede do Centro de Referência para as mulheres vítimas de violência – CRM – no dia 09. Antes, no domingo (08), o dia D vai ser marcado por uma palestra com a jornalista Maíra Azevedo, a Tia Má, que vai falar sobre as formas que todos podem combater a violência contra a mulher.
Terço dos Homens
Na abertura da semana “Mulher viver sem violência”, a equipe de trabalho foi até a Igreja Matriz do município, no centro, para aproveitar o encontro do Terço dos Homens, para levantar o tema e convidar a todos para que fossem multiplicadores do assunto. “São cerca de 150 homens reunidos, que podem levar esse tema para ser discutido dentro da comunidade deles, e isso é muito importante para o nosso trabalho”, finalizou Soraia.
