Coronavírus: pandemia vai superlotar hospitais brasileiros e governo deve restringir eventos em breve, diz infectologista

12/03/2020 08:07 • 2m de leitura

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11/03) que há uma pandemia do novo coronavírus em curso em escala mundial. A intenção do órgão é alertar as autoridades mundiais sobre os riscos de contaminação em massa e saturação dos sistemas de saúde.

A reportagem da BBC News Brasil entrevistou o infectologista Marcos Boulos, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), para entender o que essa declaração representa, quais os riscos para o país e como os Estados devem se preparar.

Boulos afirma que a principal mudança imediata será o fim da burocracia na entrada de remédios hoje parados na alfândega. Segundo o médico, a declaração de pandemia significa que, agora, todos os países estão em situação semelhante e que não deve haver mais preocupações extremas com a importação do vírus, já que ele está presente de maneira significativa no mundo.

“Hoje, a vigilância serve para todas as pessoas e deixamos de fazer buscas individualizadas. Tratamos todas as pessoas como possíveis contaminados”, afirmou o infectologista.

Desde 31 de dezembro, quando a China informou a OMS que um vírus até então desconhecido estava se espalhando pelo país, ele já chegou a 114 países. Segundo o último boletim da organização, foram registrados mais de 118 mil casos e 4.291 mortes. No Brasil, já são 52 casos confirmados.

Marcos Boulos disse ainda que o sistema de saúde de nenhum país está preparado para uma pandemia. Como forma de prevenção, ele disse que em breve governadores e prefeitos de todo o país devem impedir eventos com grandes aglomerações de pessoas, como shows e jogos de futebol.

Leia a matéria completa em BBC News Brasil.

Leia também