Coronavírus: Brasileiros que estão na China retornarão ao Brasil, anuncia governo

03/02/2020 09:32 • 2m de leitura

O governo anunciou neste domingo (02) que evacuará os brasileiros que estão na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus.  De acordo com comunicado dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, os cidadãos do Brasil que se encontram na região e que manifestarem desejo de deixar o local poderão retornar ao país, possivelmente em um voo fretado. Uma vez no Brasil, eles precisarão ser submetidos a uma quarentena, “sob orientação do Ministério da Saúde”. A nota não informa a data em que o voo será realizado. “Os detalhes da operação, que está sendo planejada, serão informados posteriormente”. Ainda de acordo o governo, duas brasileiras que possuem nacionalidade portuguesa, e que estavam em Wuhan, já embarcaram em um voo que evacuou cidadãos da União Europeia. Ambas cumprirão quarentena em Portugal. O Itamaraty estima que aproximadamente 50 brasileiros estão na zona de quarentena chinesa na província de Hubei, onde está localizada a cidade de Wuhan. Em um vídeo publicado neste domingo, um grupo de brasileiros na China fez um apelo ao governo Bolsonaro pela evacuação. Na publicação, eles lembram justamente as operações de retirada de estrangeiros promovidas por diversos países. Na sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro havia dito que a evacuação de brasileiros só seria feita caso houvesse a garantia de que os cidadãos retornados passariam por uma quarentena. Além de questões orçamentárias que segundo o presidente dificultam a busca de brasileiros na província de Hubei, Bolsonaro citou na ocasião a ausência de uma lei nacional que permita colocar essas pessoas em quarentena. “Se não tiver redondinho no Brasil não vamos buscar ninguém. A intenção do presidente não vai buscar ninguém. Quem quer vir para cá tem que se submeter aos trâmites de proteção dos 210 milhões que estão aqui”, declarou Bolsonaro na sexta. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) defendeu neste domingo a repatriação e disse que, na sua visão, a operação independe de mudança na legislação. “Se pudermos fazer esse gesto de buscarmos esses brasileiros, colocarmos num quartel ou numa base militar para cumprir essa quarentena, não necessariamente precisa de uma lei”, disse o senador.

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