Copa do Mundo: família do Distrito Federal que tem 15 pessoas com seis dedos em cada mão torce pelo hexa do Brasil

06/12/2022 06:05 • 2m de leitura

O apelido é “Família Six” mas, em anos de Copa do Mundo, se torna “Família Hexa”. É assim que são conhecidos 15 parentes, moradores de Águas Claras, no Distrito Federal, que possuem seis dedos em cada uma das mãos. A variação genética, chamada pela medicina de polidactilia, está na família há quatro gerações. Desde que o Brasil conquistou o pentacampeonato no mundial de futebol, em 2002, os parentes se reúnem durante as Copas do Mundo para torcer pela conquista do hexa, que para eles tem um significado especial. Apesar da derrota para Camarões no último jogo da fase de grupos, na sexta-feira (2), a família confia que a seleção trará a taça. E a torcida continua para o jogo desta segunda-feira (5), às 16h, contra a Coreia do Sul, pelas oitavas de final. “Na próxima [copa], vocês vão ter que encontrar alguém com sete dedos”, brinca Maria Morena, estudante que também tem seis dedos. A história da família foi revelada pelo g1 ainda em 2014, durante o mundial realizado no Brasil, e logo se espalhou pelo DF. Em 2015, dois integrantes dos “six” foram para a Alemanha para participar de um estudo sobre como o cérebro aciona o sexto dedo. “Eles queriam saber sobre isso para poderem fazer próteses melhores”, afirma a administradora Silvia Santos da Silva, neta do primeiro membro da família a ter seis dedos. Os participantes passaram por testes de força, responderam a questionários e fizeram exames para descobrir qual região do cérebro é ativada quando movem o “dedo extra”. O estudo foi divulgado na revista científica “Nature” e, segundo a conclusão, a mão com polidactilia é controlada por mais músculos e nervos do que as mãos normais de cinco dedos.

Primeiro ‘hexa’

O primeiro Silva com seis dedos foi um dos pioneiros de Brasília, Francisco de Assis Carvalho da Silva, já falecido. Conhecido como “Six”, ele era advogado e músico. Ganhou notoriedade por causa do dedo extra e também por ser um dos fundadores do Clube do Choro, um espaço tradicional da música na capital.

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