A bandeira tarifária da conta de energia no Brasil deve continuar entre as faixas amarela e vermelha até o final do ano, conforme previsão do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa. A decisão reflete o período de maior “estresse” enfrentado pelo sistema elétrico, devido às condições climáticas desfavoráveis. Durante um evento da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), Feitosa declarou que, embora ainda não tenha sido feita uma estimativa final, a permanência dessas bandeiras tarifárias até dezembro é uma tendência. No entanto, ele destacou que a situação atual dos reservatórios está mais confortável do que em 2021, quando os níveis caíram abaixo de 30%. Atualmente, os reservatórios operam com cerca de 50% de sua capacidade. Apesar da melhora em comparação a 2021, o diretor da Aneel apontou que o período seco continua a exercer pressão sobre o sistema elétrico. O Ministério de Minas e Energia (MME) está analisando uma série de medidas para enfrentar esses desafios e garantir o fornecimento de energia ao País. Uma das medidas em consideração é o retorno do horário de verão. No entanto, Sandoval Feitosa esclareceu que a Aneel ainda não recebeu nenhuma solicitação oficial para uma avaliação técnica sobre o impacto dessa mudança. As discussões sobre possíveis ações continuam, com o objetivo de manter a estabilidade do sistema elétrico brasileiro diante das condições climáticas adversas e da demanda crescente por energia. Desde setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira tarifária vermelha patamar 1, resultando em um custo adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatt-hora consumidos. A medida foi adotada devido à previsão de escassez de chuvas e ao clima seco com altas temperaturas, fatores que exigiram o acionamento de usinas térmicas, elevando os custos operacionais do sistema elétrico. A bandeira vermelha marca o fim de uma sequência de bandeiras verdes que começou em abril de 2022 e foi interrompida brevemente em julho de 2024, quando foi acionada a bandeira amarela. Em agosto, o país retornou à bandeira verde, mas o baixo volume de água nos reservatórios das hidrelétricas, cerca de 50% abaixo da média, contribuiu para a necessidade de ajuste nas tarifas energéticas.
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