O Brasil registrou, em julho de 2022, 7.112 mortes pela Covid-19, o maior número desde março deste ano, quando mais de 10 mil mortes foram contabilizadas. O número representa um aumento de 50% no número de mortes em relação a junho, quando 4.739 óbitos foram registrados. Também é o segundo mês consecutivo em que o número mensal de óbitos pela doença aumenta de um mês para outro. Os dados foram apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de Saúde do país. Em entrevista ao g1 no mês passado, especialistas já apontavam que a tendência de aumento no número de mortes era esperada, por causa do aumento no número de casos que vem sendo visto no país: enquanto maio registrou pouco mais de 570 mil casos de Covid, junho teve mais de 1,3 milhão de casos. Já julho viu quase 1,5 milhão de novas infecções, um aumento de quase 10% em relação a junho. Ao mesmo tempo em que os números oficiais apontam o aumento dos casos, especialistas ouvidos pelo g1 também ponderaram que, hoje, é mais difícil fazer análises com esses dados, por causa dos autotestes. “Principalmente a partir desse ano, como houve um aumento da proporção da população que tem acesso ao diagnóstico rápido, esse diagnóstico é feito em farmácia, que nem sempre notifica, e muitos testes estão sendo feitos pelo próprio indivíduo, pelo próprio paciente, e ele não notifica”, observou o professor Eliseu Alves Waldman, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).