
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado nesta sexta-feira (11/04) em um hospital da cidade de Santa Cruz (RN), após sentir dores abdominais atribuídas às sequelas da facada sofrida durante a campanha de 2018. Bolsonaro está no Rio Grande do Norte para o lançamento da “Rota 22”, projeto do PL que busca ampliar o alcance das pautas da oposição no Nordeste, com foco na articulação política pela anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. A agenda inclui visitas às cidades de Acari, Oiticica e Pau dos Ferros, mas pode ser parcialmente alterada devido ao quadro clínico. A internação ocorreu poucas horas após o desembarque do ex-presidente no estado. Segundo interlocutores, ele vinha reclamando de dores relacionadas às complicações cirúrgicas da facada sofrida há quase sete anos. O quadro de saúde do ex-presidente é monitorado à distância por seu médico, o cirurgião Antônio Macedo, que declarou estar sendo informado da situação. Em nota, Macedo afirmou que, caso a avaliação indique necessidade de intervenção cirúrgica, viajará “ainda hoje” ao Rio Grande do Norte para acompanhar o procedimento. Desde o atentado em Juiz de Fora (MG), há quase sete anos, Bolsonaro já passou por seis cirurgias, sendo a última em setembro de 2023, nos Estados Unidos. Em nota, o PL afirmou que, Jair Bolsonaro teve que interromper sua agenda no Rio Grande do Norte “após sentir fortes dores abdominais em decorrência da facada sofrida em 2018”. O partido está “profundamente consternado com o ocorrido”, diz o texto.
O giro pelo interior do Nordeste marca o início da “Rota 22”, série de viagens organizada pelo PL visando fortalecer a presença eleitoral da legenda na região historicamente dominada pelo PT. Bolsonaro lidera pessoalmente a mobilização, mesmo estando inelegível até 2030. Além de eventos com lideranças locais e aliados, o ex-presidente tem usado os encontros para reforçar o apoio ao projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A proposta, já apoiada por mais de 250 deputados, ainda depende de decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para avançar no plenário.