A atividade de extração de sal-gema realizada pela Braskem em Maceió (AL) acabou provocando o afundamento dos bairros, algo que vem sendo percebido pela população desde 2018. O processo de deterioração se alastrou em um ritmo maior nos últimos meses, chegando às proximidades da principal avenida da cidade. Segundo o Valor Econômico, diante da situação, o passivo da companhia cresceu com indenizações a moradores e compensações socioambientais e urbanísticas. A primeira versão do acordo para pagamento das famílias, ajustado no início de 2020, contemplava 17 mil pessoas. O programa de compensação financeira contempla atualmente cerca de 65 mil pessoas, Nesta terça-feira (4), a Defesa Civil, após ser provocada pelo Ministério Público Federal em Alagoas na semana passada, elaborou um laudo sugerindo a inclusão de mais 10 mil pessoas no programa. Áreas afetadas ficaram abandonadas com a saída dos moradores. A maioria dos imóveis não possuem mais teto, pois as telhas foram furtadas. Famílias que permaneceram nas proximidades, por não estarem incluídas na área demarcada para indenização, acabaram ficando sem infraestrutura e convívio social. Após atualizações contínuas, o mapa da região atingida pelo afundamento representa 5,6% de toda área urbana de Maceió. Nas últimas semanas, houve o aumento de rachaduras em imóveis fora da região demarcada. Depoimentos de moradores sobre o assunto viralizaram nas redes sociais.