Bahia: Número de fuzis apreendidos até setembro deste ano mais que dobrou em relação a 2022

26/09/2023 06:00 • 3m de leitura

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) revelou, nesta segunda-feira (25), que o número de fuzis apreendidos entre janeiro e setembro deste ano na Bahia mais que dobrou em relação ao comparado durante todo 2022. A pasta informou que até hoje, 48 armas deste tipo foram apreendidas. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram apreendidos 22 fuzis. Recentemente, como mostrado pelo Portal M!, o Estado publicou um decreto com novos valores a serem pagos por arma de fogo apreendida. Os novos valores representam um acréscimo de 50%, em média. Na nova tabela, a apreensão de revólveres passará de R$ 1.200 para R$ 1.800; de pistolas e espingardas, de R$ 2.400 para R$ 3.500; e de fuzis, de R$ 6 mil para R$ 9 mil. Também nesta segunda, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse ao Blog da Andréia Sadi que o governo Lula (PT) pretende criar uma política conjunta entre Forças Armadas e Polícia Federal para combater a presença de fuzis e outras armas pesadas no Brasil. A declaração foi feita em meio à onda de violência na Bahia, que foi governado por Rui de 2015 a 2022. No domingo (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, descartou a possibilidade de uma intervenção federal no estado para conter a onda de violência. Segundo o líder da pasta, esse tipo de intervenção só deve ser feita quando há falta de atuação do governo do Estado. “Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada”, disse. A declaração foi dada após a cerimônia que concedeu a medalha da Ordem do Mérito, no grau de Grã-Cruz, ao Padre Júlio Lancellotti. O evento aconteceu na cidade de São Paulo. Ainda de acordo com Dino, o ministério está em diálogo com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e com o secretário de Segurança Pública do Estado, Marcelo Werner. Segundo ele, o objetivo é que haja o aperfeiçoamento das operações, já que as organizações criminosas se fortaleceram na Bahia nos últimos anos, tendo aumentado, inclusive, o acesso a armas. No mês de agosto, o quadro de violência levou o governo federal a firmar um acordo com o estadual para combater o crime organizado. O acordo foi assinado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Polícia Federal, criando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), dos governos estadual e federal. Após a criação do força integrada, operações em conjunto passaram a ser feitas no estado. Uma delas, realizada em 15 de setembro, em Salvador, deixou cinco pessoas mortas – dentre elas, o policial federal Lucas Caribé. Depois da morte do agente federal, veículos blindados e policiais vindos do Distrito Federal foram enviados para a Bahia. Apesar disso, o ministro afirma que a situação não se trata de uma intervenção federal, mas sim “apoio financeiro e material”. “É um quadro muito desafiador. O que nós fizemos foi fortalecer a presença da Polícia Federal, sobretudo visando a pacificação. No sentido amplo da palavra ‘intervenção’, claro que há, no sentido da presença. A presença está sendo ampliada, mas em parceria com o governo do estado”, disse.

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