As vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, envolvidas em caso de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, vão pagar R$ 7 milhões em indenizações aos trabalhadores. O montante será pago às cerca de 200 pessoas resgatadas em condição análoga à escravidão em fevereiro, em Bento Gonçalves. Os trabalhadores eram terceirizados e mantidos em um alojamento precário, sob ameaça e violência, segundo depoimentos. O valor foi definido em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) elaborado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que investiga o caso. Segundo o MPT, as indenizações serão pagas por danos morais individuais e coletivos. O prazo para a quitação das verbas por danos individuais é de 15 dias, a contar da apresentação da listagem dos resgatados. Os valores por dano moral coletivo serão revertidos para entidades, fundos ou projetos. Além das indenizações, no TAC, as três empresas assumiram 21 obrigações que, entre outras medidas, incluem a fiscalização das condições de trabalho das pessoas contratadas de forma terceirizada. O descumprimento de cada cláusula prevê multa de até R$ 300 mil por irregularidade.
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