A Fiocruz Bahia emitiu uma nota, nesta quinta-feira (25), em que traz esclarecimentos acerca do Carnaval de Salvador, depois que a Prefeitura Municipal citou um documento da entidade afirmando que a realização da festa poderia ocorrer desde que 90% da população fosse vacinada. No documento, o grupo científico pontuou que a seleção de trechos específicos do ofício encaminhado à Comissão de Retomada de Eventos da Câmara Municipal de Salvador, na última segunda-feira (22), está levando a uma interpretação errônea de que a Fiocruz Bahia avalizou a realização do Carnaval de Salvador, que reúne milhões de pessoas, se 90% da população da capital baiana estiver vacinada. “No documento, o observatório Covid-19 da Fiocruz, destaca de início, a partir da avaliação de especialistas em epidemiologia da instituição, que têm acompanhado a evolução da pandemia desde março de 2020, que ‘tudo dependerá do cenário no período que antecede o carnaval, a partir de janeiro’, em função das consequências das comemorações de final de ano e das férias escolares. Esta ressalva apontava o grau de incerteza em que nos encontramos no momento, o que impediria afirmativas categóricas sobre o planejamento de um evento de grandes dimensões, com aglomeração inevitável de milhões de pessoas”, diz o comunicado. Assim, conforme a entidade, a recomendação de avanço da vacinação, a pelo menos 90%, seria o fator necessário para que fosse iniciada qualquer discussão, ou seja, atingida esta margem, será necessário avaliar outros fatores citados no documento, a exemplo, do controle da entrada de não vacinados e a testagem, uma vez que o evento atrai indivíduos de outras regiões do Brasil e de outros países. “A Fiocruz, como instituição paradigmática no âmbito da saúde, com amplo reconhecimento nacional e internacional, sempre atuou em favor da vida, da saúde dos indivíduos e coletiva. Nossa atuação durante a pandemia da Covid-19 demonstra nosso compromisso centenário com a saúde dos brasileiros. Desta forma, é equivocado informar que a Fiocruz Bahia se posicionou a favor da realização do Carnaval de Salvador, uma vez que as recomendações colocadas no referido ofício não estão sequer contempladas para que fosse iniciada a discussão”, aponta a nota. (Muita Informação).