Afoxé Filhos de Gandhy retorna à Avenida e traz mensagem de paz

20/02/2023 10:54 • 2m de leitura

O desfile do Afoxé Filhos de Gandhy é dos homens, mas a tradição não seria a mesma se não houvesse a participação das mulheres. Eram elas que realizavam os últimos ajustes nos trajes e turbantes antes da saída do bloco da sede, no Pelourinho, em direção ao Campo Grande, no início da tarde de sexta-feira (19). Antes que fossem para a rua mandar sua mensagem de paz, os homens realizaram o padê, rito típico de religiões de matriz africana em que se oferece alimentos e bebida à divindades. Com a benção de Exu, o afoxé pôde enfim seguir seu percurso ao som do ijexá. Apesar da tradição de 74 anos e relação com a religiosidade, os Filhos de Gandhy não deixam de se reinventar. Seja para causar polêmica, como foi a fantasia com tons de dourado em 2019, ou para dar noção da magnitude do grupo, como a pomba gigante um ano antes. Dessa vez, a participação de indígenas foi o grande destaque do primeiro dia de desfile. Em referência ao tema “Caboclos de Pena e Encourado”, os indígenas realizaram um ritual antes do bloco seguir seu caminho. Em seguida, o som dos instrumentos e do ijexá dos Filhos de Gandhy se sobrepuseram e o tapete branco começou a se deslocar com beleza em direção à Praça Castro Alves. O momento ganhou contornos ainda mais especiais com o encontro do sol com o mar. O traje deste ano traz os tradicionais tons de azul escuro na frente e claro atrás, além do turbante, que cada um tem a liberdade para incrementar como quiser. Na roupa, há detalhes em amarelo e a inscrição “Salve a Amazônia”. Nos pés, sandálias brancas com o símbolo do grupo. A  expectativa é que cinco mil homens desfilem. Correios*

Cobertura Voz do Campo

A equipe Voz do Campo, que está presente na cobertura do Carnaval de Salvador 2023, registrou momentos com o bloco. Confira em nossas redes sociais:

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