Quando a realização não constituí a busca de um sentido último do ser humano, ou seja, sua intenção não é primária. Pois, a autorrealização não deve se transformar num fim em si mesmo, mas deve traduzir num caráter autotranscendente da existência humana. Nesse sentido, o homem só entra um verdadeiro sentido em sua vida, quando ele preenche este sentido no mundo lá fora em direção ao outro e não em si mesmo.
E esse sentido a ser encontrado vale para todas as nossas nossas relações pessoais e para os afazeres do trabalho. Quando nas relações só pensamos em nossa própria satisfação, apenas encotraremos o prazer biológico ou fisiológico, assim como também na relação com o mundo do trabalho. Agindo assim estamos fadados a tensões neuróticas, parecendo o tédio, o vazio existencial. Contudo, se direcionarmos o nosso viver em direção ao outro, ou aos outros, encontraremos o sentido de vida, através da autorrealização e a transcendência que é dimensão noética. A autorrealização é o efeito que não tem a intenção em si mesmo. Mas quando: Ainda que tivermos uma razão para o que estamos fazendo, não devemos está preocupados com o fim si mesmo, e assim uma razão de fazer e viver pelo outro. Nesse sento, as coisas e situações vão fluindo naturalmente. Quanto mais o homem se afasta da autorrealização, mas ele se realiza. (Gilma Reis)