

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (28), a nova estimativa populacional do país. De acordo com os números publicados no Diário Oficial da União, o Brasil alcançou a marca de 213.421.037 habitantes em 1º de julho de 2025. O dado representa um aumento de 5,1% em comparação ao Censo de 2022, quando a população era de 203.062.512 pessoas. Embora o crescimento seja considerado moderado em termos proporcionais, a atualização reforça a importância da contagem para o planejamento econômico, social e administrativo, já que as estimativas são utilizadas como referência pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no cálculo dos fundos de participação de estados e municípios.
Entre os estados nordestinos, os números revelam um cenário de crescimento relevante, ainda que em ritmos diferentes. A Bahia, quarto estado mais populoso do país, registrou aumento de 0,14% no número da população, passando de 14.850.513 de baianos para 14.870.907 habitantes. Outros estados nordestinos também apresentaram evolução significativa. O Ceará avançou 0,38%, passando para 9.268.836 habitantes, enquanto Pernambuco chegou a 9.562.007 pessoas, com aumento de 0,24%. A Paraíba também cresceu 0,47%, alcançando 4.164.468 habitantes. No entanto, o maior destaque da região ficou com o Maranhão, que atingiu 7.018.211 moradores. Embora a variação tenha sido de apenas 0,10%, o estado reforça seu papel entre os mais populosos do Nordeste. Já Alagoas, com 3.220.848 pessoas, foi um dos estados com menor crescimento proporcional do país, registrando apenas 0,02%.
São Paulo segue como o estado mais populoso do Brasil, reunindo 46.081.801 habitantes, o equivalente a 21,59% da população nacional. Na sequência aparecem Minas Gerais, com 21.393.441 habitantes, e Rio de Janeiro, com 17.223.547. Apesar da grande concentração nessas regiões, os números mostram crescimento mais discreto nesses três estados, todos com variação inferior a 0,4% em relação ao ano anterior. No outro extremo, Roraima é o estado com menor população, totalizando 738.772 pessoas. Mesmo assim, apresentou o maior crescimento proporcional do país, registrando avanço de 3,07%.
O IBGE aponta que, mesmo com os avanços registrados, o crescimento populacional brasileiro mostra sinais de desaceleração. Enquanto Santa Catarina (1,60%), Mato Grosso (1,49%) e Goiás (1,00%) figuraram entre os estados de maior expansão, locais como Rio de Janeiro, Alagoas e Rio Grande do Sul praticamente estagnaram. Apesar da marca histórica alcançada em 2025, o Brasil deverá viver mudanças profundas nas próximas décadas. O instituto projeta que a população atingirá 220 milhões em 2041 e, a partir de 2042, começará a encolher. A expectativa é de que, até 2070, o país registre 199,2 milhões de habitantes, marcando um ponto de inflexão demográfica.
Outro fator relevante para compreender o futuro populacional é a redução do número de nascimentos. Em 2023, o Brasil registrou 2.518.039 novos registros, o menor índice desde 1976. O dado representa queda de 0,8% em relação a 2022 e configura o quinto recuo consecutivo. Essa tendência ajuda a explicar a previsão de declínio populacional a partir da década de 2040, uma vez que a taxa de reposição da população está cada vez mais distante do nível necessário para manter o crescimento.
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