
As contas da Prefeitura de Queimadas, referentes ao ano de 2020, foram reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O motivo? Um rombo de R$ 11,5 milhões nas contas públicas e quase R$ 20 milhões em restos a pagar, sem que houvesse dinheiro em caixa para cobrir esses compromissos. Na época, o município era administrado por André Luiz Andrade, que agora pode responder por ato de improbidade administrativa. Segundo o TCM, a gestão arrecadou cerca de R$ 62,8 milhões, mas gastou R$ 74,4 milhões, o que gerou um déficit expressivo no fechamento do exercício. O problema não foi só gastar mais do que podia. A prefeitura também encerrou o mandato sem saldo suficiente para pagar as dívidas já assumidas, descumprindo o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. O valor exato deixado sem cobertura foi de R$ 19.930.021,06. Por causa das irregularidades, o conselheiro substituto Antônio Carlos da Silva recomendou a rejeição das contas, aplicou uma multa de R$ 3 mil ao ex-prefeito e determinou o envio do caso ao Ministério Público da Bahia, que vai avaliar se houve má gestão com impacto legal. Apesar do desequilíbrio financeiro, a administração de André Andrade conseguiu cumprir os percentuais mínimos obrigatórios nas áreas de educação e saúde. Ainda assim, o TCM considerou que o descontrole nas finanças comprometeu a regularidade das contas do município. A decisão ainda cabe recurso.
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