Consórcio Nordeste cria comitê para enfrentar emergências climáticas e adaptar políticas públicas

17/10/2024 08:57 • 3m de leitura

O Consórcio Nordeste anunciou a instalação do Comitê Científico de Monitoramento e Enfrentamento das Emergências Climáticas (CC-MEEC) para esta quinta-feira (17) com o objetivo de fortalecer a capacidade de resposta dos nove estados nordestinos às crises climáticas em aumento, além de fomentar políticas públicas para a adaptação e mitigação dos efeitos do aquecimento global. As informações são da Agência Brasil. O comitê será composto por dois representantes de cada estado e terá como foco o assessoramento técnico e a cooperação entre os estados. Essa atuação colaborativa visa permitir uma abordagem integrada para enfrentar os desafios climáticos que afetam tanto o Nordeste quanto outras regiões do Brasil. Em nota, o Consórcio Nordeste enfatizou que a criação do comitê é uma resposta à crescente preocupação dos governos estaduais com as emergências climáticas recorrentes. A nova estrutura será orientada por uma abordagem científica, seguindo exemplos de medidas adotadas durante a pandemia de COVID-19, onde a ciência foi fundamental para a coordenação de ações. O consórcio informou que “a iniciativa reflete a preocupação dos governadores e governadoras da região com o atual cenário de emergências climáticas e reforça a abordagem científica em questões essenciais para o país, como já foi demonstrado no combate à pandemia.” O texto acrescenta que “estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostra que se o Brasil tivesse seguido as diretrizes do Comitê Científico do Nordeste que foram aplicadas pelos governadores da região em seus estados, 250 mil vidas poderiam ter sido salvas, evidenciando o impacto positivo da ciência na preservação de vidas.” O consórcio também citou um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), indicando que diretrizes científicas aplicadas no Nordeste durante a pandemia poderiam ter evitado até 250 mil mortes, caso fossem seguidas em todo o Brasil. Esse dado reforça a importância da ciência na formulação de políticas públicas eficazes. A coordenação do comitê ficará sob a responsabilidade de Olívia Maria Cordeiro de Oliveira, geóloga e professora titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sua vasta experiência acadêmica e científica é esperada para contribuir com o desenvolvimento de estratégias regionais focadas na mitigação dos impactos climáticos. A seca prolongada que afeta o Nordeste, especialmente a grave situação do reservatório de Sobradinho, é um dos desafios principais a serem enfrentados pelo comitê. A escassez de água, agravada pelas mudanças climáticas, intensifica a vulnerabilidade das populações da região, exigindo um planejamento que leve em conta as especificidades de cada estado.

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