‘Cometa do Século’ passará perto da Terra e poderá ser visto no Brasil em outubro

04/10/2024 10:07 • 2m de leitura

Um dos cometas mais importantes deste século, apelidado de “Cometa do Século”, estará visível com maior nitidez no Brasil em outubro. A maior aproximação do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) com a Terra acontecerá no domingo (13), quando ele estará a cerca de 70,7 milhões de quilômetros do nosso planeta, conforme informou Filipe Monteiro, pesquisador do Observatório Nacional (ON). O cometa já alcançou seu periélio (ponto de maior proximidade com o Sol) em 27 de setembro. Nos últimos meses, sua observação foi prejudicada devido ao intenso brilho solar. Entretanto, após sua nova aproximação com o Sol, entre 7 e 11 de outubro, será possível observá-lo melhor logo após o pôr do sol.

Visibilidade no Brasil

Embora ainda não seja garantido que o Cometa do Século poderá ser visto a olho nu, Monteiro explica que sua intensidade de brilho pode ser imprevisível. “Pode ser necessário o uso de binóculos ou telescópios para uma visualização mais clara”, afirmou o pesquisador. Para observá-lo com maior clareza, é recomendado procurar um local longe da poluição luminosa e posicionar os olhos ou instrumentos voltados para o horizonte leste, por volta das 4h30 da madrugada. A partir da segunda metade de outubro, o cometa poderá ser visto ao pôr do sol, no horizonte oeste, enquanto atravessa as constelações de Sextante, Serpente e Ofiúco. Monteiro alerta que a principal dificuldade para avistá-lo será encontrar um horizonte oeste desobstruído, já que o cometa estará a uma altura de até 30 graus no céu.

Características do cometa

O nome “Cometa do Século” foi atribuído ao C/2023 A3 devido à sua semelhança em brilho com o famoso cometa Hale-Bopp, que encantou o mundo em 1997. A letra “C” indica que este é um cometa não periódico, originado na Nuvem de Oort, o que significa que ele pode passar pelo Sistema Solar apenas uma vez ou demorar milhares de anos para retornar.

Descoberto em janeiro de 2023, o sufixo Tsuchinshan-ATLAS faz referência às instituições envolvidas em sua descoberta. Segundo Monteiro, cometas como este são remanescentes da formação do sistema solar, compostos por poeira, rocha e diferentes tipos de gelo, e, à medida que se aproximam do Sol, liberam gases e poeira, formando suas características caudas brilhantes.

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