No final de 2021 a Bahia viveu um drama após receber o maior volume de chuvas das últimas décadas, afetando mais de 850 mil pessoas no estado, deixando ao menos 26 mil desabrigados e cerca de 60 mil desalojados. Agora, quase três anos depois, 145 dos 417 municípios baianos possuem, pelo menos, um índice de risco alto em inundações, segundo dados do AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A cidade que lidera o ranking de risco de alagamentos é Ubatã. O município da região do Médio Rio de Contas atingiu uma pontuação de 0.97, sendo o 5ª localidade com maior índice do Nordeste. A avaliação adotada pelo MCTI atribui uma nota dentro de uma escala que varia de 0 a 1.
No Médio Rio de Contas, é válido ressaltar que, além de Ubatã, os municípios de Nova Ibiá e Gongogi também figuram entre as 5 cidades com os maiores índices de possibilidade de desastres por inundações ocasionadas pelas chuvas. Gongogi, na 2ª posição, registrou 0.96, enquanto Nova Ibiá ocupou o 5º lugar ao receber uma pontuação de 0.95. Itamaraju, que fica no Extremo Sul baiano, ficou com um índice de risco de 0.89. Em 2021, quando ocorreu as enchentes na Bahia, o município foi onde mais choveu no Brasil, com 769,8 mm de chuva, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A capital baiana ficou com pontuação de 0.73, sendo considerada um município de alto risco. Agora, do outro lado da moeda, Maraú, que fica no Litoral Sul, é a cidade com o menor risco de inundação da Bahia, com um índice de 0.11. Logo atrás aparece Serra do Ramalho (0.13), Itaparica (0.2) e Santanópolis (0.2). Uma observação é que o mês mais chuvoso em Ubatã, que é o município de maior risco da Bahia, tem, em média, 93 milímetros de precipitação de chuva. Maraú, que tem os menores índices de risco do estado, em seu mês mais chuvoso alcança 103 milímetros.
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Bahia Notícias*