A capital baiana será palco do Encontro Mundial de Fibras Naturais dos dias 26 a 30 de maio. Na ocasião, serão apresentadas as conclusões de estudos e projetos que permitam que as fibras naturais se integrem efetivamente no mercado adaptado à mitigação das mudanças climáticas, durante a reunião conjunta dos Grupos Intergovernamentais de Fibras Naturais da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), da Organização Internacional de Fibras Naturais (International Natural Fibers Organization – INFO) e da Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (CSFN/MAPA). O encontro em Salvador está sendo organizado pela CSFN/MAPA – e pelas demais entidades privadas ligadas ao setor – que cuida da cadeia de fibras naturais do Brasil (sisal, juta, malva, coco, piaçava, bambu, seda e cânhamo). Estão sendo esperados os membros da INFO e os delegados dos países membros dos Grupos Intergovernamentais da FAO. As reuniões são fechadas para os membros de cada grupo, porém os interessados terão a oportunidade de conhecer o resumo das reuniões e os encaminhamentos. Esses grupos de fibras naturais da FAO – o mais importante fórum de debates e formulação de políticas públicas para as fibras – são formados pelos principais países que produzem e consomem fibras naturais como juta, abacá, coco, kenaf e sisal – conhecidas como JACKS. De acordo com Wilson Andrade, presidente da INFO, da CSFN e do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia (Sindifibras/Fieb), evanto vai discutir temas importantes para o setor incluindo o desenvolvimento de novos bioprodutos e o acesso às compensações ambientais tais como pagamento por serviços ambientais e crédito de carbono.”O Brasil é importante player no conjunto das fibras naturais, cuja produção anual é significativa e gera renda e emprego para mais de dois milhões de pessoas em regiões menos desenvolvidas e sem outras alternativas econômicas. Daí o nosso interesse que essas discussões ocorram no Brasil quando poderemos mostrar ao mundo as nossas vantagens e possibilidades de receber os incentivos, tecnologias e recursos que estão sendo destinados à evolução do novo mundo verde que visa o equilíbrio de geração e absorção de carbono. Poderemos então divulgar nosso interesse em atrair investimento, tecnologias, financiamentos favorecidos, além de podermos receber pagamentos por serviços ambientais e acesso ao mercado mundial de carbono”, acrescenta.
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