O número de mortos na China pelo coronavírus subiu de 9 para 17, anunciaram nesta quarta-feira (22) as autoridades chinesas. Ao todo, são 444 casos confirmados de pessoas infectadas. Autoridades da China e de outros países intensificaram os esforços para controlar um surto. A China desestimulou reuniões públicas na província de Hubei, onde o vírus surgiu no mês passado, e intensificou medidas de contenção em hospitais. A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem uma reunião de emergência agendada para determinar se o surto constitui uma emergência de saúde global. O vírus se espalhou da cidade chinesa de Wuhan, em Hubei, para Pequim, Xangai, Macau, Hong Kong e também chegou a Estados Unidos, Tailândia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan. O governo chinês atualizou o número de casos em uma tentativa de conter o pânico, num momento em que centenas de milhões de pessoas se preparam para viajar pelo país e ao exterior para as celebrações do Ano-Novo Lunar a partir desta semana. “O aumento da mobilidade do público aumentou objetivamente o risco de propagação da epidemia e a dificuldade de prevenção e controle”, disse o vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin, a repórteres. Há evidências de que o vírus estava sendo espalhado através da “transmissão respiratória”, disse Li. E o diretor-geral do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Gao Fu, declarou que o vírus está se adaptando e se modificando, ressaltando os desafios para as autoridades de saúde. Cerca de 2.200 pessoas que entraram em contato com pessoas infectadas são mantidas isoladas, enquanto 765 foram liberadas da observação. “Houve uma grande mudança no número de casos, o que está relacionado ao nosso maior entendimento da doença, melhorando os métodos de diagnóstico e otimizando a distribuição de kits de diagnóstico”, disse Li. Os sintomas do vírus, que pode causar pneumonia, incluem febre, tosse e dificuldade em respirar. Não existe vacina para o vírus, que pode ser transmitido de pessoa para pessoa. Quinze profissionais médicos estão entre os infectados na China. Temores de uma pandemia semelhante ao surto da Sars (síndrome respiratória aguda grave), que começou na China e matou quase 800 pessoas em 2002-2003, agitaram os mercados globais, com as ações de empresas de aviação e artigos de luxo particularmente atingidas, e o iuan sofreu queda.