O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição afirmou durante sabatina com os veículos de comunicação SBT, Estadão, CNN, Veja e Rádio Nova Brasil, nesta sexta-feira (21/10), que desistiu da promessa de apresentar uma proposta para acabar com a reeleição – promessa que havia feito durante sua campanha em 2018- ao ver que a direita não tinha candidatos com seu perfil. “Estaríamos entregando o Brasil para a esquerda. Seria uma volta da esquerda. Então, minha decisão foi não tocar nesse assunto. No entanto em 2026, ele afirma ver um quadro diferente. “Se o Parlamento avaliar em comum acordo eu basicamente não tenho porque dizer não. Afinal de contas, eu pretendo, obviamente, caso reeleito, entregar o governo para alguém de um perfil semelhante ao meu. Até lá, entendo eu, que a direita, que nunca existiu no Brasil, a não ser de forma isolada, esteja mais consolidada”, disse, citando a eleição para o Congresso no primeiro turno”. Ainda no papo com os jornalistas, o presidente falou sobre a polêmica sobre o pagamento de salário mínimo durante a sua gestão e a proposta de desindexar o aumento da inflação. Bolsonaro rebateu que a proposta seria fake news. “Duvido que um só parlamentar votaria para desindexar, precisamos de três quintos dos parlamentares para mudar a Constituição”, disse.
Paulo Guedes
Bolsonaro ainda afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, permanecerá no cargo caso seja reeleito. “Paulo Guedes continua, assim como todos os ministros, a não ser que queiram sair por algum motivo qualquer”, garantiu Bolsonaro. Ele afirmou, no entanto, que mantém a palavra final em questões estratégicas do Governo. “A Economia está restrita ao Paulo Guedes. Obviamente, com todo respeito a ele, nas questões mais estratégicas, a palavra final é minha e tem sido assim sem qualquer atrito entre nós”, reiterou.