O alto escalão do Palácio do Planalto preparou uma ofensiva digital para criticar o Conselho da Petrobras pelo novo aumento no preço dos combustíveis nesta 6ª feira (17.jun.2022). O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros buscam pressionar a direção da empresa para reverter a decisão. O chefe do Executivo, os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral) usaram suas páginas nas mídias sociais para adotar tom ríspido contra a petroleira. A Petrobras convocou uma reunião extraordinária com os integrantes do Conselho na 5ª feira (16.jun), em um momento no qual sobe a pressão dos investidores por reajustes nos preços dos combustíveis vendidos pela companhia, como gasolina, diesel e o gás. Atualmente, a Petrobras vem praticando preços no mercado interno abaixo do vendido lá fora, o que, em tese, prejudica a lucratividade da empresa. Segundo dados da Abicom, associação que representa os importadores, a defasagem média no óleo diesel é de 18%. Para a gasolina, é de 14%. O governo brasileiro é contra a medida. Mas, mesmo com as manifestações contra o aumento, a empresa anunciou nesta 6ª feira (17.jun) um reajuste nos preços do diesel e da gasolina. O valor da gasolina passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o do diesel será de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Os novos valores passam a valer no sábado (18.jun) para a venda às distribuidoras. Eis o que disseram os principais integrantes do Palácio do Planalto em suas contas oficiais no Twitter: Jair Bolsonaro: “Brasil num caos” O presidente escreveu que a Petrobras pode “mergulhar o Brasil num caos”. O chefe do Executivo se lembrou da greve dos caminhoneiros para apelar ao conselho uma reversão da medida.